Apressa-te... conta para mim...


Quais os motivos de tua alegria, Mãezinha? Por que cantas assim com tanto júbilo? O que foi que te aconteceu? Conta para mim! Eu também quero cantar este canto, o canto de quem “foi amado tão gratuitamente”, de quem foi visitado mesmo na sua pequenez e limite pela bondade do Criador. Ensina-me o canto do amor e da gratidão. Eu sei, o teu mistério foi único, mas o que brotou dele é para todos nós, é também para mim, a salvação. És bem-aventurada, minha Mãe, e eu te amo! Canta e dança na expressão da pureza de Deus, ordena os meus sentidos pela tua castidade, a castidade do Cristo que foi gerado dentro de Ti; introduz-me outra vez na casa da esponsalidade e ajuda-me a cantar e dançar a alegria dos que confiam que são sempre lembrados pela misericórdia de Deus. Vem, Mãezinha, apressa-te...
Ant. Marcos

Perguntar por alguém...

Perguntar por alguém é sempre um gesto muito significativo, desde que seja porque amamos este alguém ou simplesmente por querer-lhe bem. Tem gente que desaparece, que passa de nossas vidas, e devem mesmo passar. Tem gente que desaparece e nos faz tanta falta. São pessoas que se vão para longe, seguem suas vias, seus planos, ideais, escolhas e convicções, mas ainda assim não deixam de viver aqui dentro de nós. É um amigo, um irmão, um amor... é o mistério do que se deixa numa vida, ainda que a convivência tenha sido breve. A intensidade e autenticidade da vida partilhada é o que imprime um caráter indelével de significado daquela vida para nós, independente de suas fraquezas e infidelidades, ainda que deixem de nos amar, ainda que nos esqueçam. A nossa gratidão por alguém, uma vez viva dentro de nós, já não depende mais de condições exteriores, perdura para sempre. Perguntar por alguém é apenas uma das formas que “a memória do amor” se utiliza para dizer que sente falta de vidas que fizeram diferença dentro de nós. E hoje eu perguntei a uma pessoa por alguém... Fui tão consolado por sua resposta! E aí eu também pensei: acredito que quando estou distante de Deus, deva ele perguntar muito por mim a todos, não que não saiba onde eu esteja, mas porque deseja que os que me amam saibam me comunicar que Deus está com saudade de mim. 
Ant. Marcos

Somente hoje...



A segunda opção da 1ª Leitura deste último dia do mês de maio, Festa da Visitação de Nossa Senhora, é tirada de Rm 12, 9-16b, um texto de incomparável riqueza ao falar do amor fraterno, da afeição que devemos ter uns para com os outros e do exercício daquelas virtudes que não podem faltar na fraternidade: a atenção, o zelo, a hospitalidade, a oração (inclusive pelos que nos perseguem), o dom de se alegrar com os que se alegram e de chorar com os que choram. E a vivência desses valores não obedece a fronteiras. Se o sofrimento da pessoa humana onde quer que ela esteja nos atinge, muito mais os que pertencem a nós pelos vínculos do amor fraterno. Da mesma forma aqueles que nos perseguem, necessariamente não precisam estar na convivência, o mal também tem suas teias, infelizmente. Mas quero mesmo é falar deste amor ao próximo de que nos motiva e nos capacita a Palavra de Deus. O amor fraterno comporta a necessidade de ser vivido de forma radical no hoje, na brevidade que se chama “agora”. As linhas de Santa Teresinha muito falam por nós: “Para amar-Te, ó meu Deus, saber que neste mundo, só tenho hoje, somente hoje”. Maria corre às pressas, quer partilhar as graças de Deus com sua prima Isabel. Nada é nosso, tudo é graça de Deus! E somos devedores do amor aos outros! Isabel acolhe Maria, dá-lhe hospitalidade, e juntas celebram as maravilhas de Deus. O amor partilhado é “epifania”, Deus presente no hoje da vida do outro.
Ant. Marcos

Vivendo muito ou vivendo pouco...


A notícia do falecimento por atropelamento das duas irmãs da CA Shalom de Natal, no último sábado, 28 de maio, foi mesmo uma dor não somente para aquela Missão, mas para todo o corpo da Comunidade, para aqueles que amam a Vocação Shalom. A notícia da morte dos que conhecemos e amamos é sempre algo difícil de encarar. Aceitar é preciso, mas não é possível sem dor, sem lágrimas, sem algumas perguntas e sem aquele silêncio que nos faz pensar também na brevidade da nossa vida, na “surpresa” com que chega a partida para junto do Pai. Soube por mensagem telefônica na tarde do Domingo através de minha amiga Ollga (CA de Natal). Inclusive, eram suas irmãs de Célula, ou seja, daquele pequeno núcleo que se reúne toda semana para rezar e viver a formação do Carisma, uma célula da grande família, uma experiência de convivência fraterna e de amizade. Os membros da Célula de Gorete e Marluce, depois de suas famílias biológicas e amigos íntimos, certamente, são os mais sofridos, porque estavam mais perto na vivência das dores e alegrias de suas irmãs. Tão logo soube me pus a rezar pelo consolo de todos os que as amavam e a pedir que Deus conceda-lhes o céu. É para o céu que queremos ir, vivendo muito ou vivendo pouco. “Seja-nos tirado tudo, Senhor, mas não permita que morramos longe do teu amor, porque o teu amor em nós já é, podemos assim dizer, a antecipação do céu”. A luz da fé e a Eucaristia não operam isso nas nossas vidas? Sim! E que mistério: nossas irmãs tinham acabado de sair da Santa Missa e provavelmente tinham recebido o Corpo e o Sangue de Jesus.  Diz o Senhor: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6,54-55). Estava neste dia lendo e rezando com a monografia que traz o tema “A Ressurreição de Cristo” do amigo Diácono Paulo André, Consagrado na CV Shalom, falecido em 2004 em acidente de ônibus quando voltava de Aracaju, e um trecho do texto diz: “A vida humana encontra pleno sentido quando alcançada pela luz do Ressuscitado”. Nós cremos que as vidas de nossas irmãs foram alcançadas por esta luz, e por isso rezamos para que esta mesma luz as introduza na claridade definitiva, no esplendor e gozo indecifrável do rosto de Deus: “É a tua face, Senhor, que procuramos!” (Sl 27,8). 
Ant. Marcos – 30 de maio de 2011

Porção imersa em medos e desejos...


Em visita à Exposição “Mestres e Aprendizes”, do Curso de Belas Artes da Universidade de Fortaleza (UNIFOR, maio de 2011), encontrei dentre as obras de Arte um texto de “Bethania Maranhão” (Auto Retrato – Metal e Imã), por sua vez rico de literatura, de arte e de expressão do ser, de sentimento, de ausências e presenças, o que muito falou ao meu coração, do meu coração.

“Nada do que eu fale sobre mim mesma me revelará por inteiro. Eu sou o meu sol. Sozinha não me basto... nem me completo. Sou a soma de pedaços formados pelos amigos, família, amores e vivências. Sou a verdade que passo adiante. Sou o que espero de mim e o que esperam de mim. Sou plural. A única coisa constante em minha vida é a experiência. Mas é preciso aprender a reconhecer quando um ciclo se fecha e outro capítulo começa. Cada mudança me torna mais rica, porém menos única. A cada dia a soma das minhas paixões, dúvidas e alegrias me tornam um ser singular, onde me divido para novos anseios. O espelho, os olhares e as convivências podem dizer um pouco do que sou, mas a parte que melhor me define é aquela que revelo de mim mesma. E essa porção, imersa em medos e desejos vai surgir quando a Arte explodir em mim. Então, passarei a viver em um delírio infinito”.

Ant. Marcos – maio 2011


A chegada da luz...


De repente aos nossos olhos já despertos, ou mesmo ainda vigorosos depois da vigília da prova, o exuberante nascer do sol vem ao nosso encontro, descongela a alma, encanta os sentidos, apaixona o coração. É dia, é vida que se renova, esperança de um novo encontro, o céu ao alcance de quem aprendeu a esperar para além da escuridão e do medo da noite. “As bondades do Senhor! Elas não terminaram! As suas ternuras não se esgotaram! Renovam-se cada manhã. Grande é o teu amor!” (Lm 3,21-23). Os encontros emanam deste novo nascer e nos dão o consolo humano de que os braços de quem chega também aquece, consola e restaura. Porque a chegada da luz aquece e anuncia que uma obra nova se inicia. “Elas não terminaram, as ternuras de Deus!” São elas que geram a saudade e o encontro. Os olhos podem contemplar a gratuidade de um amor que vem cada dia me aquecer. Eu desejo, desejo como nunca e meus olhos veem a beleza dessa nova luz. Nasce e aquece, ó luz do amor, vem chama viva, não é mais hora de dormir, meu coração está desperto, acordado outra vez por este amor que nunca deixa de surpreender.
Ant. Marcos – maio de 2011
Imagem: Antonio Marcos (jpg) - Campos Belos-CE.

Quando Deus se torna vulnerável...


Voltei nesses dias, sempre nas horas avançadas da noite, a colocar os meus olhos e coração nas páginas impressionantes dos Escritos de Madre Teresa de Calcutá (“Venha, seja minha luz”) que, por sua vez, sempre me proporcionam uma rica experiência de Deus. Quando escreve as cláusulas esclarecedoras aos pontos solicitados pelo seu pastor, o Bispo a quem dependia da aprovação para a sua nova missão, afirma cheia de confiança e fé: “Nosso Senhor nunca Se permitirá ser separado de mim – nem permitirá que alguém me separe Dele”. Fiquei pensando, rezando e adormeci dialogando com Deus tentando entender aquela absoluta confiança que Madre Teresa depositava em Cristo, o seu Senhor. Evidentemente vieram-me as palavras de São Paulo: “Sim, eu tenho certeza: nem a morte nem a vida, (...) nem outra criatura alguma, nada poderá separar-nos do amor de Deus, manifestado em Jesus, nosso Senhor” (cf. Rm 8, 35-39). E, antes dormir, tive tempo de pedir a Deus a virtude da confiança, a graça de acreditar com todas as minhas forças que absolutamente nada e ninguém me separará do amor de Deus, pois o meu passado, o meu presente e o meu futuro estão em Suas mãos amorosas, fidelíssimas e providenciais. Não há outra explicação para a coragem de Madre Teresa em enfrentar o desconhecido e para o ato de acreditar que qualquer coisa que lhe acontecesse não estaria sozinha, Deus teria seus desígnios, pois não é incoerente e, na sua sapiência, sabe extrair o bem dos erros de seus filhos quando são humildes o suficiente para pedir-Lhe ajuda e a graça do recomeço. Mistério de amor e de amizade entre duas vidas: uma pobre mulher frágil e um Deus poderoso. Uma mulher forte e imbatível por causa de uma fé que remove montanhas, o que parece deixar Deus “vulnerável” diante dela; Ele insiste, suplica, espera o tempo que for necessário: “Vem, filha. Seja minha luz!”. O amor parece se dobrar à amada. Mistério de conquista, de pertença, de amizade, de salvação. Mistério de um amor que nunca poderá ser retirado. Quero viver nesta certeza, quero viver nesta absoluta confiança no teu amor, meu Deus.
Ant. Marcos – maio de 2011

Mais que raízes...


Outro dia me encontrei a viver o prazer de uma boa literatura, no caso, fazia-me companhia a amiga Adélia Prado. De repente me deparei com esta expressão: “Quero o que antes da vida foi o profundo sono das espécies, a graça de um estado. Somente. Muito mais que raízes” (Poesia Reunida, 1991). Não sei traduzir estas palavras, mas sei o que elas significam aqui dentro de mim, o que provocaram em mim naquele exato momento e por dias, aliás, até hoje. Desejar a “graça de um estado”, mais que raízes, não é profundo? Mas, aqui entre nós: não falamos tanto das raízes? Não é verdade que elas já dizem tanto? Sim, sem dúvida! Mas entendi - ou acho que sim, pra não ser pretensioso - o que a poeta quis comunicar. Na verdade, ela já falava a partir de um estado, o desejo. Bem, eu só sei que tenho rezado tanto ultimamente com esta expressão, me dirigindo assim a Deus: Senhor, a graça de um estado, mais que raízes, é o que mais necessito. Ajuda-me! Hoje eu me lembrei desta expressão, associei-a ao “estado de páscoa” que sou chamado a viver, e fiquei feliz, muito feliz. Talvez seja isso o que realmente preciso viver e cultivar, o que não é simplesmente “um tempo litúrgico”, e que é mais que raízes: a graça de um estado, o estado de páscoa! Obrigado meu bom Deus! O desejo, ah, o desejo... mais que raízes!
Ant. Marcos

O mal dá fome, o bem sacia!


O bem sacia o nosso desejo de amar, compensa de forma satisfatória os nossos desejos. O mal e a mentira têm, sem dúvida, a sua satisfação, mas não realiza, não unifica, não faz crescer, não liberta os outros e nem a nós mesmos. O mal nos deixa radicalmente presos por submissão a quem praticamos. Se não há uma contra-reação de quem sofre o mal praticado, se não há uma vingança, mas uma resposta de bem, o desespero do coração de quem pratica o mal é ainda mais desconcertante, desesperador, ainda que exteriormente sua consciência pareça descansar em sua sonolência e no falso prazer de que se saiu ganhando. Omal dá fome, o bem sacia! A verdade radical é a de que o bem vence sempre, e esta vitória é plena não quando necessariamente é visível, perceptível exteriormente, mas quando a consciência é salvaguardada pela pureza da verdade, e a Verdade é uma Pessoa, Jesus Cristo, não uma “expressão barata” para decorar e dar aparência.  É esta Verdade que continuamente escuta a oração do Publicado, que não ousa levantar a cabeça, mas sai reconciliado com Deus, consigo mesmo, com o outro, sai, na verdade, livre.
Ant. Marcos

Paciência, espera...


Parte significativa de mim, os pincéis de minha vida nem sempre me foram acessíveis e até desapareceram. Quem os pegou? Mas quando os achei, não tinha vontade de pintar, não achava as tintas. Onde outra vez pintar sem que o vento e a poeira prejudiquem a obra, sem que os olhares curiosos apressem conclusões acerca da arte? O quadro está posto, a tela pede óleo, sensibilidade do coração, percepção da visão, contorno, equilíbrio, paciência, espera... Os pincéis, os meus pincéis... Mas estou com sono, embora seja dia. É que ontem o ofício dos filósofos me roubou a disposição do descanso, era noite adiantada e o coração, o coração... Hoje, sim, hoje eu acordei e corri até o lugar de ontem e, pra minha surpresa, descobri que a obra de arte não está parada, mas sendo concluída, não obstante meus pincéis, meus pincéis... Aliás, está ficando muito bonita, eu a vejo, eu a vejo, ainda que somente eu, melhor dizendo, Nós. 
Ant. Marcos - 11 de maio de 2011 

Mães espirituais, indicações seguras para o céu...


A maternidade espiritual é um precioso dom de Deus. Neste “dia solene”, Dia das Mães, lembramos também das mães espirituais, ou seja, de todas as mulheres que participaram ou participam de nossa existência de alguma forma através da comunicação dos valores espirituais, dos bens duradouros, daqueles cuidados que fazem sempre referência à vontade de Deus. Não falo apenas das “professoras, formadoras, coordenadoras e pastoras”, mas das irmãs e amigas que são verdadeiras expressões da ternura de Deus. Particularmente sou grato a muitas dessas mães espirituais, indicações seguras para Deus, para o céu. Portanto, Feliz Dia das mães também para essas mulheres. Que Nossa Senhora, Virgem Theotókos, Mãe de Deus, ajudem-nas a viverem sempre o amor oblativo, ajudando os outros a seguirem o caminho para a vida, que é Jesus Cristo.
Ant. Marcos – 3º Domingo da Páscoa

Janelas...


São possibilidades que talvez não as precisasse tanto no dia de ontem..., ou achasse que não... Janelas podem ser recomeços, criatividade, dinamismo... Janelas, hoje me são mais perceptíveis, por isso, sensivelmente mais constantes, mais palpáveis, mais gente. Janelas estão presentes, mas surgem também involuntariamente, e quase sempre depois das horas do silêncio. Janelas, elas chamam sempre pelo meu nome, o que me convence de que estão conectadas com a minha história. Elas cantam quase sempre a mesma canção filia. Então não há acidente, não há um milagre, mas uma história continuada. Debruço-me nelas e vejo o desconhecido, encanto-me de novo, apaixono-me. Janelas são decisivas, instigantes, desafiadoras, são pessoas. Janelas, sei, ainda me falam de riscos, de salto, de afrontamento. Janelas... é o amor, é a amizade, é Deus, é vocação. Janelas, sim, ainda é você..., você mesmo! Janelas sou eu! Janelas... 
Ant. Marcos

Os amigos e os poetas

“Estou alegre a o motivo beira secretamente a humilhação...” (Adélia Prado). Os poetas têm mesmo essa extraordinária sensibilidade e capacidade de nos colocarem diante dos nossos sentimentos. Eles não são divinos e nem suas palavras são “reveladas”, mas nascem de um profundo senso existencial, de um cotidiano vital. Aliás, dizem que somos todos poetas, é que uns são vocacionados a este serviço à humanidade, outros poetizam apenas para si mesmos. O fato é que estou alegre e o motivo beira secretamente a humilhação ou, hermeneuticamente, consista naquela extraordinária capacidade de rirmos de nós mesmos, como os próprios poetas da filosofia dizem: “Vá com calma, não leve a vida assim nesse rigorismo todo. Temos horas demais para com as quais temos de usar de seriedade, mas, em outras, vale um pouco de risos e descontrações, inclusive quando o contexto exige muito desgaste emocional”. Obrigado poetas e poetisas! Ah, já ia esquecendo: alguns amigos são tão parecidos com os poetas, obrigado também a vocês! 
Ant. Marcos

A beatificação de João Paulo II para mim

A beatificação de João Paulo II para mim significa uma renovação pessoal do meu chamado ao seguimento de Cristo como batizado. Significa ver brotar uma imensa gratidão a Deus por contemplar um homem de nossos dias, de nossa geração, que viveu os nossos desafios, as vicissitudes e dramas de um mundo pós-moderno, chegar aos altares e ser colocado como modelo por ter vivido uma vida exemplar. Significa atestar o que disse Bento XVI: “A Igreja está viva. Ela é sempre jovem!” João Paulo II está sendo beatificado não porque foi um Sumo Pontífice, mas porque viveu com todas as forças do seu coração a vida de Cristo e fez do seu batismo e ministério eclesiástico oportunidades para tornar o nome e o amor de Cristo mais conhecidos. Ele se empenhou na construção da civilização do amor e buscou a todos, os de perto e os de longe. Sua beatificação é renovação para toda a Igreja, pois é lindo vermos milhares de pessoas, especialmente jovens, acorrerem à Roma para celebrar este momento. Como tão bem nos ensina o Concílio Vaticano II: “A santidade é um chamado para todos os batizados”. É belo contemplar a vida do papa a partir de seus primeiros anos de juventude, quando ainda “jovem Lolek”, nascido e crescido em condições tão precárias de valores e liberdade, e não se deixou abater e vencer, não cedeu às seduções do mal e do vazio existencial, mas canalizou sua sede de felicidade para buscar a verdade e, felizmente, a encontrou, Jesus Cristo. Vivo este momento com intensa alegria e gratidão.
Ant. Marcos – Domingo da Misericórdia